Pe. Serafim Fernandes

Leia a entrevista que fizemos com Pe. Serafim há um ano atrás:
Homem íntegro, com uma responsabilidade enorme, Padre Serafim Fernandes é também humilde e não exitou em responder minhas perguntas que, apesar de muitas, não deixou nenhuma em branco.
1.Quantos anos o senhor tem?
-57 anos.
2.Nasceu aonde?
-Portugal.
3.Quantos anos tem como Padre?
-Vinte e oito anos.
4.Quando percebeu que tinha este chamado?
- Aos dezessete anos.
5.O que é amor para o senhor?
-É a atitude de uma pessoa se preocupar e colaborar com a felicidade dos outros.
6.O que é fé?
-É a atitude de confiança na força superior que é Deus.
7.Qual foi o dia mais feliz da sua vida?
-Dia da minha ordenação sacerdotal.
8.O Senhor tem algum plano para 2014?
-Avançarmos para o início da construção de um novo santuário.
9.Algum evento engraçado durante uma missa ou cerimônia?
-Em um casamento que o noivo era bem mais baixo que a noiva, parei na frente dos dois, por detrás do altar e sem perceber pedi para que ele se levantasse, pois havia um banco para os noivos também. Ele levantou as mãos e disse: Opa! Já tô em pé, Já tô em pé!
10.Algum evento emocionante durante uma missa ou cerimônia?
-Sempre me emociono com a abertura da festa de Nossa Senhora da Penha e a apresentação anual do novo manto.
11.O que mais gosta na Penha?
-Quando o santuário está cheio de gente.
12.O que faz nas horas vagas?
-Leitura.
13.Tem algum sonho?
-A construção de um novo santuário de Nossa Senhora da Penha.
14.Onde seria este novo santuário?
-Em frente a que já existe só que no plano inferior. Claro que manteremos este que já existe.
15.O que acha das pessoas que pagam seus votos subindo as escadarias de joelhos?
-Não julgo ninguém. Cada um sabe o porque fez a promessa.
16.O senhor já foi ao Vaticano?
-Sim.
17.Uma dúvida que muitos tem, porque o Papa ainda não veio na Igreja da Penha?
-Não sei.
18.Qual seria sua reação se ele aparecesse de surpresa aqui?
-Ficaria muito feliz!
19.Acha que um dia haverá a possibilidade de um Papa brasileiro?
-Com certeza.
20.Algum dia o senhor já pensou em desistir do sacerdócio?
-Graças a Deus, nunca me arrependi, nunca pensei em desistir. Desde que decidi entrar para o seminário, quando tinha 17 anos, fiquei 11 anos estudando, nunca tive a tentação de abandonar. Depois de ordenado, também nunca me arrependi e graças a Deus, o que mais desejava na vida e o que gosto é de ser Padre.
21.Mas se o senhor não fosse Padre, seria o que?
-Nunca pensei nisso!
22.Onde cursou o seminário?
-O seminário menor, fiz em Portugal e o restante concluí aqui no Rio.
23.O que é preciso para alguém se tornar Padre?
-Eu atribuo a minha vocação, como sendo um chamado de Deus, pois me senti chamado por Ele. Após este meu chamado, manifestei meu desejo a minha família, amigos e ao meu pároco. O pároco fez uma avaliação para ver se tinha o perfil adequado e me recomendou ao seminário. No seminário fiz um estágio de três dias e passei, pois nem todos passam, fui admitido pelo seminário e fiquei onze anos.
24.São onze anos de seminário?
-Depende do grau de estudo de cada seminarista. Se o seminarista já tem o ensino médio completo, fica aproximadamente seis anos. Fiquei mais do que isto porque ainda não tinha meus estudos completos.
Antigamente era assim, mas hoje só se admitem seminaristas com o ensino médio completo.
Fiz o seminário maior na PUC, onde estudamos filosofia e teologia. Durante este período todo os superiores nos avaliam se temos aptidão para o sacerdócio.
25.Veio para o Brasil com quantos anos?
-Quatorze anos. Depois voltei para Portugal, para fazer o seminário menor e fiquei quatro anos e voltei para o Rio, para concluir.
26.O que acha de mais peculiar no povo brasileiro?
-A acolhida, essa facilidade de aproximação. O povo brasileiro é muito acolhedor e foi isso que me fez voltar para o Brasil, pois poderia muito bem ter continuado meus estudos lá em Portugal, assim como meus outros colegas. Como antes de voltar para o seminário em Portugal, me identifiquei muito com o povo brasileiro, especificamente o carioca, decidi voltar para o Brasil.
27.Depois de ordenado a Padre, qual foi sua caminhada até chegar ao santuário da Penha?
-Trabalhei, ainda como seminarista, na paróquia de Santa Luzia, em Honório Gurgel; depois fui para Padre Miguel, na paróquia Maria Mãe da Igreja e São Judas Tadeu e simultaneamente trabalhava em uma paróquia em Guaratiba. Quando me ordenei a Diácono, que é um estágio antes de Padre, trabalhei na paróquia do Divino Espírito Santo, em Realengo; depois fui para a paróquia de São Francisco de Assis, em Senador Camará.
Quando minha mãe ficou doente, o Cardeal Dom Eugênio Sales, me permitiu ficar um tempo em Portugal, para dar assistência à minha mãe. Então trabalhei em uma paróquia lá na diocese de origem.
Voltei e fui pároco no Leblon, na Paróquia dos Santos Anjos; depois do Leblon é que vim para o Santuário de Nossa Senhora da Penha.
28.Como é ser Reitor de uma instituição tão icônica, não só para um bairro, mas para o Rio de Janeiro?
-Em primeiro lugar, me sinto privilegiado por trabalhar em um lugar referencial, que não é uma referência só para o Rio não, mas para o mundo inteiro, pois aqui param ônibus de todas as partes do mundo. Com todo respeito aos outros santos, me sinto privilegiado também porque ele é dedicado a Nossa Senhora a quem tenho uma devoção muito grande.
Depois, acresce a responsabilidade que carrego aos ombros, pois visto a distância, parece ser uma instituição pequena, mas quando se chega mais perto, percebe-se que é gigantesca. Para você ter uma ideia temos aqui mais de cento e trinta funcionários, contando os que trabalham efetivamente no santuário e os que trabalham em nosso colégio, Nossa Senhora da Penha.
29.Qual trabalho de assistência social é prestado pelo santuário?
-Centralizamos nosso trabalho de assistência em forma de educação. Nosso Colégio Nossa Senhora da Penha, tem vários alunos bolsistas e temos até professores que estudaram em nosso colégio como bolsistas e hoje dão aula, mas claro, sendo remunerados. Também temos uma equipe de caridade na igreja, que tem como finalidade, prestar a assistência social. Fora outros trabalhos, comuns aos das outras instituições.
30.Há quanto tempo o senhor é Reitor do Santuário?
-Há dezessete anos.
Direitos de uso, reservados à Penha RJ.

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